quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Viver de sombra e água fresca


Encerro os trabalhos nesta sexta e parto para o descanso.

Retorno previsto somente na quarta, espero que até lá não seja em minha cabeça uma quarta de cinzas junto aos meus ricos tico e teco. Porque quero tirar este pequeno período sabático pra descansar sim, rever algumas coisas e tal que estão me incomodando, mas não quero queimar cartucho em cima dos filhotes de neurônios que ainda me restam.

Vou pra praia, vou curtir o mar que me traz boas energias, vou ouvir muita música que me faz um bem danado, mas deixo em casa as inquietações. Levo na mala poucas roupas, mas um prazer antecipado de me distanciar dos últimos dias estressantes.

Antes disso, creio que ainda passo por aqui.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ParadoXos do nosso tempo

Cesare Battisti no Brasil


Paula na Suíça


domingo, 8 de fevereiro de 2009

A verdade salva?


Será? Quem que ela salva? Ou te aprisiona em redes imaginárias construídas em cima das suas crenças e esquemas no decorrer da sua caminhada?
Ou melhor, façamos uma leitura: tanto se fala em verdade, mas se não temos uma verdade absoluta na maioria dos assuntos, apenas percepções baseadas em fatos, traumas e aprendizados, que verdade é essa que prevalece? A sua, a minha, a dos outros?
Claro que tem coisas que sabemos que tem uma roupagem arraigada dentro de nós tecida fio a fio do que é certo e errado baseado nos nossos valores e morais. Aliás, duas figuras distintas, essas duas senhoras, Sra Moral e Sra Valor.
A verdade impera, salva e te alivia. Talvez não te salve em determinada situação, mas que ela tira um peso de cima de nós, tira. Não dá pra negar. Neste ínterim fica a Sra Consciência a nos visitar e entre um café e outro, procrastinamos o que de fato não tem mais jeito, vai saltar aos olhos de quem necessário precisar enxergar, nós e a torcida inteira do Maracanã.

Existem três verdades universais:
- Queremos ser felizes
- Todo mundo quer um amor
- A gente vai morrer

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dica



Ele é pequeno.
Bom de deixar, por um tempo, na cabeceira da cama e quando começar a formigar os ricos dedidnhos, pega ele e dá uma folheada. Existe ali algumas mensagens subliminares.
Pra quem gosta de rever conceitos. Ele não tem a pretensão de nada mais do que é, tirinhas que te fazem pensar e ponto.
Bem bolado.

Presentinhos phophos. Agarre o seu!



Recebi estes selinhos, amados, da meninadeoculos.blogspot.com
O blog da Fran é algo, quando você quer ler algo inteligente, por vezes ácidos e de muito humor pinta por lá. Ele tem este formato.
Deixo em aberto, para levar para o seu blog -casa, à todos amigos bloguenhos que aparecem por aqui e que igual são muito queridos.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tô me sentindo assim ( hoje)


"A Janela dos outros.
Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.

Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso.

Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.

Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise. É o triunfo da dúvida.- Martha Medeiros"