domingo, 26 de abril de 2009

Divas no Divã


Devorei o livro logo que saiu.

Vi a peça, ri, chorei e me diverti muito.

Mas agora no vestiário, me aquecendo pro 2º tempo, na reta final pra chegar aos 40, daqui a dois meses, gostei mais ainda na telona. Talvez seja o momento empático, sei lá...

Palmas para Lilia Cabral ( Mercedes) e pra Alexandra Richter( Monica). Elas, como sempre, dando banho de interpretação. Diva do cinema!

E o Gianecchini? Bom esse é de comer de colheiradas. Apetitoso como só ele é. Afiiiiiii...

Vale a pena ver de novo. Tudo!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Nós, enquanto refém, enquanto algoz, enquanto alívio, enquanto culpa...

Na segunda feira, pós domingo de Páscoa, li no Jornal Zero Hora uma reportagem sobre uma mãe de classe média alta aqui de POA, que após muito lutar e sofrer com o declínio do seu único filho em função do crack deu fim a vida do rapaz de 24 anos com um tiro. Com este ato tirou de cima dela e do marido anos de humilhação, preocupação, surras e declínio e o filho tão amado, por vezes tão desejado e com tantas esperanças a nos trazer. Ou não.
Na reportagem vários depoimentos e a sequência das últimas horas desta família destroçada pela droga. Porque é fato, quando um filho é drogado ele leva pra lama não só ele, mas a família toda. Ele refém, família sequestrada ou vice versa.

A pergunta é: a que ponto chegamos para tirar a vida de alguém? Onde foi parar nosso coração, nossa cabeça, neste momento, para tomar esta decisão tão definitiva, sem volta, sem recuo? Seja ela no auge da insanidade ou desespero, da agonia ou do alívio. Instrumento de alívio imediato, de fim ao inferno vivido...

Veja bem não estou falando aqui sobre perversidade, crueldade ou psicopatia. Não estou justificando nem apoiando a decisão tomada de uma mãe no auge do desespero. Me parece.
Não acredito que a melhor saída seja a violência nem o assassinato. Não! Matar, pra mim é inconcebível, uma saída sem justificativa sempre.
Estou falando do que leva alguém a dar cabo do objeto de seu constante sofrimento, da sua humilhação diária. Do que alguém pode fazer para outro alguém que o faz alimentar dia a dia a sua sina , o seu pensamento, destruir sua alma e pensar na pior das saídas para sua vida seguir em frente ( por mais irônico que seja dizer isto). Anos de perversidade silenciosa nos causam humilhações muitas vezes camufladas do mundo, ódios disfarçados em camadas de aparências, raivas acumuladas injetadas nas nossas veias, tatuadas nas nossas almas que um dia irão inevitavelmente transbordar, seja com o abusador, com os outros ou com o abusado, no caso nós mesmos.
Meu olhar aqui é de mero espectador, somente isto, sem nenhuma tendência.
Me lembrei do meu amigo que há muito se perdeu no caminho e que há pouco mais de um ano, numa sinaleira esperando o sinal abrir, vi, na calada da noite sentado no chão sem sapato e sem rumo e com o olhar desconhecido. O mesmo amigo que em casa tem tudo e muito mais e não só grana ,mas amor dos pais cansados da sua melhora que jamais aparece, mas que permanecem lutando, cansados mas lutando. Amigo este que se perdeu num bad trip qualquer...

Fiquei pensando neste drama com uma ponta de tristeza e ao mesmo tempo questionando o quanto as pessoas que mais amamos e que nos amam são aquelas que mais nos fazem sofrer. O que leva uma mãe a tomar esta atitude tão radical? O que houve com este domingo que era pra ser de renascimento, alegria e confraternização? Aonde falhamos como pais, onde erramos com o desejo de acertar enquanto indivíduos na participação da construção ou interação de outros?

sábado, 18 de abril de 2009

Tudo gira, nada muda



Quando éramos adolescentes, eu e meu irmão adorávamos sair a noite. É genético, minha mãe e meu pai sempre foram boêmios, adoradores da noite. Então filho de boêmio, boêminho é !

Me lembro de chegar em casa sempre em bando, porque lá em casa era tipo hotel sempre tinha um "agregado". Chegávamos de madrugada e minha mãe fingia que dormia, mas sabíamos que ela ficava acordada esperando a gente chegar para então dormir o sono dos justos. Disfarçava atirada no encosto da cama, sempre com um livro no colo, a devoradora de livros.

Hoje não mudou muito. Agora estou eu aqui, atirada no sofazão, vou assistir um filmeco enquanto espero a minha garota voltar da festa, ela e a amiga. Hoje estou liberada de servir de motorista pra buscar a "galera" ...

Então neste noite não quero nem balada pra mim, nem pra ninguém. Vou ficar por aqui, disfarçada entre as almofadas assistindo A Duquesa enquanto a meninada não vem.

sábado, 11 de abril de 2009

Doçuras na Páscoa






A semana foi cheia, tomada de acidez, mas que bom se fosse acidez numa caipirinha bem gostosa....
Infelizmente não foi, mas faz parte, tudo é bagagem.
O que importa é o tamanho da bagagem que optamos em levar adiante. Pode ser uma mala sem alça ou uma mala de rodinhas. A (super) valorização é escolha de cada um , carregamos com dor ou com amor.
Mas o bálsamo é, de novo, a certeza de que em mim reside resiliência e isto me faz mais forte. Forte em mim, não importando os que ficaram em algum ponto estagnado, congelado.
E como São Jorge, guerreiro: sete vezes caio, sete vezes levanto.
É assim que se vai pra frente.
Se Jesus não conseguiu agradar a todos, não terei eu esta pretensão na minha humilde vida.
FELIZ PÁSCOA A TODOS, AMIGOS DE VÁRIOS MOMENTOS, TODOS ESPECIAIS!!!

VALEU A FORÇA DA SEMANA!!!

RENOVAÇÃO SEMPRE!!!!
PS* E que vá embora as coisas pesadas, que de pesada já basta eu pós feriadinho recheado de chocolate. Tchau tristeza!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Me dê o poder que te mostrarei quem sou



Você já levou fé em alguém, se abriu num momento de insegurança, pediu conselho e depois esta pessoa usou isto contra você? Já? Que bom! Bem vindo ao mundo... dos quem eu ainda não sei, mas vou descobrir!

Sabe qual é o nome disso?
Seqüestro... daquilo que você tratou como sagrado, a confiança depositada em alguém.
Assalto... daquilo que você mostrou para alguém e ela tomou para si, escarafunchou, julgou de forma torta, errada
Abuso... de poder que em algum momento você deixou alguém ter sobre você por pura ingenuidade.
Bala perdida solta no ar ... após o disparo do gatilho o estrago será fatal.
E pior, perversão.


Para os amigos blogueiros, desculpa a faceta amarga do dia, mas tô assim hoje ... aminoácida.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A encruzilhada


Tem momentos que pensamos, analisamos e tentamos uma saída para determinada ação que seja a menos dolorida para quaisquer das partes implicadas. Mas não tem jeito. Alguém vai se machucar ou já está se machucando. Não sou Deus, a minha mão não é divina, mas conheço as leis de boa convivência de trás pra frente e a minha paciência não é do Dalai Lama. Me perdoe, mas uma hora a fonte seca.


Toda ação tem uma reação e vivemos no mundo dos adultos onde devemos ser, antes da mais nada, coerente e cautelosos com os nossos atos e pensamentos para tomarmos a melhor atitude perante o que a vida nos apresenta.


Sendo assim reza aí uma das mais importantes cartilhas: a fala é sagrada e os ouvidos são depositórios de de lixo ou luxo. O filtro destas informações é nosso, depende exclusivamente de nós. Mesmo assim ainda levo fé que falar é um dos atos de maior responsabilidade e de efeito meteórico onde ao cair por terra pode ter efeito benéfico ou devastador. Ou pode ficar no ar, flanando, vadiando, fazendo pressão atmosférica. Sua fala reverberá. As falas dos outros também. É dado concreto. Ponto.


Hoje, após calcular todas as saídas de uma situação que vem acontecendo há um bom tempo, resolvi abandonar a tolerância e a empatia e tomar uma atitude. Esta ação pode ser de alívio no final ou um tiro no próprio pé, mas não estou mais com vontade de ficar sentada embaixo da árvore no meio da encruzilhada. A hora é de ação.


Quem sabe aí está a chance de determinada pessoa levar uma lição e aprender com erro. E veja bem, eu também levo na bagagem o episódio como aprendizado, mesmo sendo o algoz. O lado negro da força neste ato.


Apesar de que, cá entre nós, acreditar que este ser não tem um horizonte de compreensão vasto onde posso enxergar nisto uma chance de mudar.


Enfim, vamos tentar, ok?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Tem uma base aí?

Maquiagem Borrada
Certos dias a gente usa o kit completo de maquiagem, se esmera toda pra fazer aquele efeito e enfrentar os "corpos ativos" no mundo corporativo.
Após o “ carnaval de máscaras” retorna ao lar, passa demaquilante, enche as mãos de água,
molha o rosto e chega a rir pro espelho, aquele riso debochado. Sarcasmo puro após convívio com a hipocrisia.
Passa um creminho anti rugas ali, um hidrante aqui e ... tá pronta!
Pronta pra descansar a pele e a alma das pequenas coisas que te fizeram passar todo aquele reboco pra disfarçar a cara de poucos amigos. Embaixo do verniz nem todo mundo tem base!