quinta-feira, 29 de maio de 2008

Voltar para casa

Tô aqui esperando pra ir pra Curitiba pegar o vôo e de manhã cedinho voltar para casa ( que som bom este).
O hotel é bom, super bom, o pessoal bem legal, mas não é a minha cidade por melhor que seja estar aqui em Pato Branco....
Tá super frio, temperatura em torno de 10 graus, mas não é o frio de Poa...
Tô com saudades das meninas lá de casa e da terrinha, até do nosso sotaque...
Eu tô voltando pra casa ( em ritmo da música do querido Lulu Santos)
Coisa boa. Amanhã tô chegando!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dinâmico, nunca estático

Tempestade - calmaria
Fogo - gelo
Bom humor - mau humor
Liga - desliga
Ótimo - péssimo
Ensolarado - tempo fechado.
Ódio - amor
Raiva - ternura
Sorriso - beiço
Beijo, te amo - Então tá. Tchau.
Toda a fala do adulto é seguida de um movimento giratório dos olhos do adolescentico. Leitura facial: minha mãe é um ET! Ô dããã..

Adolescência: fase ou vírus?
Tpm todos os dias.
Pra entender, só passando por isto ( ou aquilo?)
Na melhor das conclusões: não queira entender, simplesmente aceite a criaturinha amada.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Bola Fora

Dou um treinamento comportamental onde no último dia fazemos uma simulação e filmamos para depois discutirmos o processo passo a passo.
A cada cidade que vou contratamos uma equipe para fazer a tal filmagem.
No último treinamento em Foz do Iguaçu, aconteceu um dos meus costumeiros bola fora: o pessoal da agência se apresentou e eu vá chamar pra cá e pra lá o rapaz de Mediazê blá,blá,blá. Vai que a mãe dele é do tipo exótica e sei lá mãe é mãe, né? Pensei eu, cá com os meus botões...
Depois de um certo tempo percebi, olhando direitinho a camiseta do cara que a Produtora se chamava Mídia Z... dãaaaaaaa
Que tipo de desligada é esta que vos escreve??? Ninguém merece...nem eu mesma!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Rodrigo, pra sempre presente

Hoje faz 6 anos que a tua viagem começou. Quando comprou a passagem era só de ida. Você já sabia que era um caminho sem volta.
Quando lembro do último verão que passamos juntos, ironicamente para comemorar a tua vida que recomeçou após o tratamento, penso no teu olhar longe, vago ( ou resignado?), da tua maneira introspectiva olhando para o mar numa certa manhã que fui ao teu encontro na praia enquanto tomavas chimarrão, nas tuas palavras e passeios com a Vic, na discussão que tivemos numa certa noite porque não queria que te entregasse, naquele último fevereiro.
Talvez eu já sabia, lá no fundo, que você pressentia um não futuro ali acontecendo.
Mais alguns meses de luta, esperanças em vão e espera daquilo que sabíamos que era inevitável, mas não queríamos acreditar. Eras tão novo, tão cheio de vida, tão bonito ... desde que foste pra Recife não reconhecia as tuas mudanças de humor...
Numa segunda feira vieram te buscar, quem te convidou para o passeio eu ainda não descobri, quem pegou na tua mão e atravessou contigo esta estrada desconhecida também não sei.
Noite chuvosa, dia pertubador, agonia no peito, telefonema triste, notícia trágica, passagem na madrugada com destino ao nordeste, mas não à passeio. Era roteiro definido cheio de pesar e cheiro de saudade, pesar e dor...
Encontro inevitável com o começo de uma nova fase das nossas vidas onde eu permaneço e você se foi, para sempre.
Você sempre soube que não gosto de mudanças no meu calendário anual da minha inexplicável vida, mas de certo estava, em algum lugar, rindo. Aquele teu riso debochado satânico do tipo: vou te incomodar gordinha! Igual quando eu ficava te perguntando: - Tô gorda?
Então veio esta catástrofe.
Ninguém me avisou, foi tudo tão rápido. Não estava preparada, mesmo que meses antes já havia sinais de que a sua partida era fato consumado.Primeiro veio a dor quase física, negação, logo em seguida a raiva. Afinal você havia me abandonado e esta partida era definitiva! Sensação de abandono.Era uma nova vida, sem tu.
Então juntei os retalhos que sobraram e recomecei. Por hábito de cair e levantar, por resiliência, pela Vic, pela mãe, sei lá.
Dentro dos meus ilusórios planos futurísticos uma das minhas idéias era nós envelhecendo juntos e havia nesta imagem composta um certo conforto e alento de que apesar de cada um viver a sua vida, estarmos irremediavelmente unidos pelos vínculos de cumplicidade, travessuras, passagens e momentos que nos fazia irmãos nesta caminhada.
Então você me deixou e eu fiquei aqui, sem respirar num primeiro instante e o vazio se instalou. Um vazio silencioso, daqueles silêncios que falam, que pesam.
Foi difícil os primeiros dias, translado, corpo, retorno, dor, tristeza, equilíbrio para segurar a onda familiar que te confesso, muitas vezes não tive, amigos especiais. Superação, do que? Nem sei se superei, só sei que fui sobrevivendo.
A saudade é tão doída no início que a gente acha que não vai suportar e quando o tempo vai passando e ela vai aumentando, esmagando, sufocando parece que não vai dar pra agüentar e aí vem o milagre, começamos a nos acostumar (ou acomodar) com a “bichinha” e ela se torna uma nova companheira de jornada, espaçosa e possessiva. E isto não impede de termos constantemente dores mais fortes, em determinados dias.
O tempo passou e não sei se me acostumei com idéia, no começo tinha receio de que fosse esquecer a voz, a risada, as expressões. Doce ilusão porque viemos da mesma carne e olhar para mim e pra nossa família em determinados momentos me remete direto ao teu jeito. Está impresso no coração, na alma. Ferida exposta.
Lembro de ti todos os dias, sem exagero.
A alegria já não é mais completa quando acontece algo positivo, o céu nunca mais fica azul de brigadeiro. Tem sempre uma sensação de desbotado no ar.
Em certos instantes a tua presença é forte e quando quero te contar algo que aconteceu, me dou conta de que não estás mais aqui. Aí dói, meu véio. Ah dói... E a tua falta se faz mais pungente epalpável.
Se anos antes falassem sobre isto, na acreditaria no que aconteceu nas nossas vidas.
Mas o tempo que passamos juntos foram importantes e sei, com uma certeza espantosa, que o caminho não terminou e a nossa história ainda está sendo construída e que o nosso reencontro vai acontecer.
Sei que a missão das pessoas tem tempo estipulado e que quando ele expira, elas se vão e passam a viver dentro do nosso coração.
Tu permanece aqui junto de mim e no plano que está, olha e zela por nós, participando e torcendo pela nossa felicidade e realização.
Preciso acreditar nisto pra seguir em frente. Me agarro nesta idéia.
Sinto quando está perto de mim, a tua presença é quase palpável por mais louco que pareça.
Não existe um adeus, apenas um até logo
Beijo mano da tua Caro.
Te amo. A toda a hora. Sempre.

sábado, 17 de maio de 2008

Você já teve aquela sensação estranha de encontrar alguém que já viveu muitas coisas com você e hoje não tem mais nada a ver?
Passou o tempo e você persiste com aquela idéia, totalmente ilusória, de que a distância não mudou nada e de repente você está lá bem na frente de um amigo (a) e bate um vazio porque a vida passou, você mudou, a pessoa mudou e acabou, etapa queimada, pula pra próxima. Nada mais resta entre vocês nem mesmo a distância que alimentava de certa forma a idéia de que a amizade ainda existia. Ficou só a lembrança de que um dia houve uma parceria de momentos bons e ruins compartilhados.
Não dá pra congelar as pessoas, tudo gira, tudo muda.
O resto é pó que o vento tratou de varrer não se sabe pra onde e nem o por quê.

Familiar

Em função do trabalho eu viajo bastante e muitas vezes ouço, quando explico o que faço, observações do tipo: ai que delícia, tão bom dar um tempo de casa, ai coisa boa um hotel, um avião  e blábláblá...
Hoje folheando a Zero Hora li numa entrevista da Maitê Proença a seguinte frase: "cada vez gosto mais de atividades que se encerram quando cai a luz do dia. Quero estar em casa à noite, na intimidade que protege e recolhe."
Esta frase sintetizou tudo...
Viajo amanhã e já tô com saudades da minha casa, das pessoas queridas e especiais com quem eu vivo e já quero voltar.
Vou contar os dias!

sábado, 3 de maio de 2008

Lado A e Lado B

Lado feio, lado bonito.
lado claro, lado obscuro
Janela aberta, porta entreaberta, passagens fechadas.
Todos temos vários lados, depende do ângulo de visão, do momento, de quem e quando queremos mostrar tal lado etc e etc. Vou falar sobre isto em algum momento. Adelante!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Rádio Corredor

Como fazer confusão na indústria da vida alheia, que no final não temos nada a ver.

Bolo Fofoca

Ingredientes
2 pessoas chamadas X e Y saindo de uma rua onde tem um cinema. Amigos hoje, caso quente no passado. Bem casados com pessoas diferentes atualmente.
Encontro com uma terceira pessoa
Clima chato e constrangedor. Papo rápido, despedida apressada.
Terceira pessoa intrigada, no final do dia, comenta com quarta pessoa sobre este encontro misterioso. Começa a misturar os ingredentes, literalmente.
Quarta pessoa passa um MSN para quinta pessoa comentando que X e Y voltaram a ter um caso. Quinta pessoa não se agüentando repassa a sexta pessoa que X e Y estavam no cinema no maior rala e rola. Dá liga os produtos.
Uma sétima pessoa comenta, entre um drinque e outro, numa roda de amigos que X e Y não se agüentando mais de saudade e tesão andam se encontrando até no meio da tarde, arranjando uma brecha na agenda e nas suas vidas, nem tão particulares. Na ânsia de passar adiante a notícia que faz comichão na sua língua, unta a mesma de manteiga e não percebe que junto a roda de amigos encontra-se o irmão da mulher de Y.

Após mexer todos estes ingredientes coloca-se o bolo fofoca no forno a 200C. Ele vai esquentar.
Após crescer o bolo, aguarde o mesmo esfriar, senão ao cortar, ainda quente, pode desmoronar.
Rendimento: várias porções!

Percepção 1 : terceira pessoa comentou com quarta por estranhar a cara de choro de X e o pesar do Y.
Real história: a mãe de X mora em cima do dito cinema e Y é o médico que está tratando da transferência da senhora para um asilo devido a mesma estar com Alzheimer.
Resumo da ópera:
- Fofoca é uma droga
- Percepção nem sempre é realidade.
- a cabeça é um vale fértil, nem sempre produtivo.
Tudo nesta breve historinha fictícia é mera coincidência... com a vida real. Infelizmente!