domingo, 23 de outubro de 2011

Nem mais nem menos


Eu recebo de braços abertos  a paixão como forma de impulso, como alavanca para nos levar adiante.
Sem ela não há projeto, não existe objetivo que se alcance. Sem esta dose extra de energia/ adrenalina que a paixão nos injeta não é possível obter resultado naquilo que nos propomos.
Agora, não aceito fanatismos, radicalismos e engessamento de pensamento.
Viseira quem usa é cavalo de corrida e mesmo assim tenho restrições quanto ao uso,  minha opinião é negativa sobre o fato.
Pra mim é indigesto conviver com pessoas que fazem de seus projetos uma tábua de salvação, tornando-se pessoas cansativas e repetitivas, camufladas sob o nome de paixão, como se só aquilo fosse o certo, correto e o coerente no mundo.
Parafraseando a famosa frase de Descartes " penso, logo existo" ... e sendo assim mudo constantemente. 
Idéias, conceitos e definições são transformação, não estagnação.
Não exija fidelidade nos meus pensamentos, me autorizo a ser leal comigo mesma e com minhas atitudes,mas a revolução está em mim portanto pode acontecer mudanças no meio da caminhada.
Existe outros conceitos válidos e bons para refletir além daqueles que pra você são únicos.

domingo, 9 de outubro de 2011

Meu tempo é quando



Eu te procuro há tanto tempo que às vezes até duvido desta minha certeza de que você existe.


No imaginário meu você é carne, osso e coração. E me procura por suas andanças, sendo assim somos dois perdidos que por pequenos ajustes ainda não se esbarraram numa esquina qualquer, mas tudo bem precisamos nos experimentar por aí para chegarmos neste enfrentamento e reconhecimento, fortes e decididos do que queremos para então escrevermos juntos a nossa história.

Eu tenho uma saudade de você sem saber a cor dos teus olhos, o cheiro do teu corpo, o som da tua risada muito menos o sabor dos teus beijos.

Mas o meu corpo pede pelos teus abraços faz anos.

Tem dias que eu desisto de ti e te confesso que até vivo bem sem a tua presença não vista ou sentida. E sigo entre beijos roubados e prazeres fugazes, com outros corpos.

Noutros a tua falta é doída. Lateja a tua ausência dentro de mim e a espera por ti me impacienta e me deixa ansiosa questionando o senhor (maldito) destino quando você virá. Chego a ter diálogos hipotéticos na nossa relação ainda não vivida.

Acelera os teus passos que ando precisando de ti de forma urgente, mas não tem desespero nesta urgência sentida somente a antecipação de uma vontade, apenas um amor guardado esperando pra ser dividido com você. Um tal de amar e ser amado,sabe? Aquilo que é o sonho dourado de todos.
Pois é, ando com o meu por ti a explodir, acho que chegou a hora.

Não me tortura mais com a tua falta, vem logo, para juntos sermos realmente felizes.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Para curtir com seus botões

"eu enterro o que lamentei,
eu não me desgasto mais com o que é imutável,
meu olhar está voltado para o que ainda é possível!"
Ulrich Schaffer

Encontrei esta frase num FB bem bacana. Compartilho por aqui e encaro na maior humildade que apesar dos esforços ainda não consigo passar para a fase dos enterros. Em alguns casos quiçá para a missa de sétimo dia. Portanto permaneço em luto, sigo vestida de mortalha preta mesmo em alguns terrenos (digamos que movediços) da minha vida. O exercício é diário e não desisto fácil na ação de sublimar.

Mas aprendi a não me desgastar com o que é supérfluo e diferenciar o que é importante do fundamental e no meio disso curtir o prazer da forma mais literal possível. Correndo entre a poesia e a realidade sigo por caminhos verdadeiros, colhendo a delícia do que é pra mim e para os demais a verdadeira essência. Não desperdiço a minha inteligência com o desnecessário, já dizia Nietzsche.

E por fim o meu olhar é feito de fé. E onde existe a fé encontra-se a esperança. E ela é composta do desafio diário. Enquanto respiro existe possibilidades. Só existe o possível quando desafiamos o impossível.