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Eu namorei um ET! E pior eu não sabia!
Quando você fala “ o meu mundo” pra lá e pra cá, nesta cantilena tediosa, sai na voz um rasgo de arrogância e eu aqui fico com outro rasgo de ignorância pendurada no meu cérebro reverberando ecos como se o ponto de interrogação fosse um gancho indagando que raio de orgulho tens desse tal mundo. Mundo vazio.
Existe realmente mundos diferentes?
E se sim, o que difere o meu do teu?
O que distancia os nossos mundos seja talvez as nossas contas bancárias.
Os lugares que freqüentamos. Por opção.
O carro que temos.
O teu pró-labore e o meu salário mensal.
Mas estamos falando aqui, cá entre nós, do lado fútil/ material das coisas que são somente coisas no esquema geral também das coisas da vida. Redundância é meu sobrenome.
Então se for isto a que você se refere, sim vivemos em mundos diferentes. E ressalto que talvez só você e os ETs habitantes do seu mundo dêem valor a estes itens. O pessoal aqui da minha terra valoriza fatos e pessoas bem mais interessantes. Coisas essas que sabemos que é o que no final levamos dessa vida. Aqui no calendário anual das nossas inexplicáveis vidas nos divertimos pra caramba.
E sim você continua pendendo para uma tábula rasa. Infelizmente.
A vida te acenou com adversidades, te cobrou em algumas delas faturas altas e pior, ou melhor, te deu segundas oportunidades (coisa rara e não pra qualquer vivente) e você lamentavelmente não deu a devida importância e mais deprimente ainda, continua com aquele discurso velho e rançoso de garoto preocupado com as aparências. Você sofisticou seus defeitos e eu ainda custo a enxergar alguma coisa boa nisso.
Tentei sublimar. Tentei ser civilizada, ser politicamente correta com você.
Façamos o seguinte, vamos agendar pra outra vida. Nessa não vou ter mais espaço pra te agüentar. Nem o budismo está me dando paciência e sabedoria para aturar. A cover da Madre Teresa cantou pra subir.
Fui.
Beijo não me liga.