O que aconteceu com a menina Eloá, deixa exposto um sentimento que é destrutivo para ambos os lados. O abusado e o abusador sentimental.
Claro que existe dois tipos: ciúme normal e o patológico.
No patológico a pessoa se torna um objeto ( grifo meu)
A linha da fantasia e da realidade não existe para o doente patológico de ciúmes. O ciumento patológico tem uma necessidade enlouquecida por evidências das suas suspeitas, sendo assim começa aí uma corrida desenfreada para validar a sua loucura.
Conheço uma senhora que teve um casamento ótimo, um marido maravilhoso e detalhe: lindo, mesmo com o passar da idade era aquele tipo de homem carismático que parece que tem mel, onde as mulheres orbitam ao seu redor. Pois é, parecia um casal muito feliz e foram mesmo. Até que ele faleceu e todo mundo pensou que agora a vida dela estava acabada, que ela não se recuperaria. Pois, passado uns dois meses encontrei com esta senhora na casa de uma amiga em comum. Ela muito contente, com uma aura de paz no semblante e faceira da sua vida. Conversando com ela, falei que era bom vê-la assim seguindo adiante com força e fé. Foi então que ela se virou pra mim e disse o seguinte, cheia de sorrisos:
- Minha filha, agora estou em paz e posso aproveitar a vida sem me preocupar com aquele ciúme doentio pelo Fulano que me tirava até o sono. Eu o amava, ele me fazia feliz, mas me trazia um sofrimento danado, viu? Eu era infeliz, sempre na sombra do ciúmes. Agora tô num sossego só!
É assim, o objeto do sofrimento tem que ser “eliminado” para a pessoa doente se sentir em paz quando se vive a sombra deste descarrilhado trem em movimento chamado ciúmes.
Sentimento ruim que se apossa ou faz parte da pessoa e cega todo pensamento lógico e racional