terça-feira, 28 de outubro de 2008

Previsão do tempo


O segundo turno desta relação que outrora foi marcada por temporais, ventanias e chuvas de granizo, deve iniciar com sol e calor abafado. As instabilidades, no decorrer, marcam tempo fechado com pancadas de chuvas mais intensas, dentro de você inclusive, provocando assim mais para o final da tarde enchentes de choro. Já no entardecer e durante a noite, com a instabilidade se afastando, a chuva diminui e dá espaço ao clima quente novamente.
No dia seguinte, o sol reaparece, ainda entre algumas nebulosidades, mas sem a chuva do dia passado.
No aguardo dos nossos meteorologistas e de São Pedro (rezar sempre ajuda!) para as próximas previsões... do tempo.

* Tem dias que relacionamento parece clima tempo!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Clarice Lispector + Português = ARTE

Não te amo mais.
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza de que
Nada foi em vão.
Sei dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer nunca que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais...

* Agora leia de baixo para cima e perceba a sacada genial

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Arma poderosa: ciúmes

O que aconteceu com a menina Eloá, deixa exposto um sentimento que é destrutivo para ambos os lados. O abusado e o abusador sentimental.
Claro que existe dois tipos: ciúme normal e o patológico.
No patológico a pessoa se torna um objeto ( grifo meu)
A linha da fantasia e da realidade não existe para o doente patológico de ciúmes. O ciumento patológico tem uma necessidade enlouquecida por evidências das suas suspeitas, sendo assim começa aí uma corrida desenfreada para validar a sua loucura.

Conheço uma senhora que teve um casamento ótimo, um marido maravilhoso e detalhe: lindo, mesmo com o passar da idade era aquele tipo de homem carismático que parece que tem mel, onde as mulheres orbitam ao seu redor. Pois é, parecia um casal muito feliz e foram mesmo. Até que ele faleceu e todo mundo pensou que agora a vida dela estava acabada, que ela não se recuperaria. Pois, passado uns dois meses encontrei com esta senhora na casa de uma amiga em comum. Ela muito contente, com uma aura de paz no semblante e faceira da sua vida. Conversando com ela, falei que era bom vê-la assim seguindo adiante com força e fé. Foi então que ela se virou pra mim e disse o seguinte, cheia de sorrisos:
- Minha filha, agora estou em paz e posso aproveitar a vida sem me preocupar com aquele ciúme doentio pelo Fulano que me tirava até o sono. Eu o amava, ele me fazia feliz, mas me trazia um sofrimento danado, viu? Eu era infeliz, sempre na sombra do ciúmes. Agora tô num sossego só!

É assim, o objeto do sofrimento tem que ser “eliminado” para a pessoa doente se sentir em paz quando se vive a sombra deste descarrilhado trem em movimento chamado ciúmes.
Sentimento ruim que se apossa ou faz parte da pessoa e cega todo pensamento lógico e racional

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A minha liberdade exige ser livre


Mãe + filha + magazine + mulher descompensada.
Pega tudo isto e bate no liquidificador.
Olha a mistura que dá:
Outro dia, eu tomando café num shopping, minha mãe num grande magazine. Terminado o café fui buscar a minha mãe, ela já na fila, dos idosos pois tem 70 anos, estava no seu direito ( que ela não leia o blog hoje!). Enquanto ela pagava a conta eu olhava as bolsas. Eis que surge do nada uma mulher com o diabo no corpo ( e este corpo definitivamente não veste Prada!) e quase me pendura no cabide das bolsas, com dedo em riste me xingando de tudo e um pouco mais ($%¨&*) porque achava um absurdo enquanto eu “saracoteava” pela loja deixar a minha” pobre mãe velhinha” ( definitivamente que ela não leia isto!) ficar em pé na fila pra pagar as mercadorias que ela dizia que eram minhas ( dedução nº 1). Detalhe: a minha mãe, fora a idade, é uma mulher que pode ser chamada de tudo, menos de velhinha. Pois é o que ela não é, mesmo!!!
Compõe a cena: eu quieta, pós tomar aquele cappuccino, feliz e faceira esperando a minha mãe pagar suas compras e aparece do nada esta criatura ensandecida, cuspindo fogo pelas ventas.
Agora eu te pergunto, num tempo em que mais gruda como chiclé nos ouvidos a música ado, ado, ado, cada um no seu quadrado, quando cada vez mais entendemos e exercitamos a liberdade de ir e vir e principalmente de ser. Falamos demais em privacidade, invasão de espaço, liberdade de expressão, ser o que se quer ser, mas as pessoas não entendem a extensão do que implica certas atitudes, a amplitude da coisa. Exageros em palavras e economia em atitudes.
Isto é normal?
Será que é muito difícil cada um se limitar ao seu espaço?
Que invasão é esta?
Será que impera a loucura no meio de tanto discurso sobre espaço, liberdade e privacidade?
Gente, tô bege... até agora!

domingo, 12 de outubro de 2008

Algodão doce, sonhos e parque de diversão


Pra criança que ainda vive dentro de mim, um abraço apertado e um beijo bem estalado. Espero que ela me acompanhe durante toda a minha vida, porque é nela que me configuro quando o jeito é rir porque chorar só vai desperdiçar energia e não adiantará nada.
É de mãos dadas com ela que me transporto para aqueles anos deliciosos de muitas maluquices com a minha turminha do colégio e da minha rua, onde o tempo era somente uma palavra solta, com importância zero e brincar era a nossa única preocupação. Porque lembranças embaladas em doçuras e travessuras, antes de mais nada é injeção de ânimo direto na veia. Recordar, ainda, é viver!
É com a menina sapeca, com asas nos pés e sedenta de conhecimento, de imaginação fértil e inquieta que percorro alguns caminhos por vezes de pedras, por vezes de montanhas. E é por ela ainda existir dentro de mim que conservo as irreverências, o jeito meio maluquete de ser e a certeza de que pra seguir adiante é preciso um bom saco de risadas ( lembram?), de algumas travessuras, muitas brincadeiras e gargalhadas. Me veio a mente aquelas s risadas que começam do nada só de olhar para a outra criança e duram um tempão. Me pego, lembrando cenas em que dava gaitadas direto com o meu irmão e a minha prima Daniela. A gente nem sabia porque começava a rir, parecíamos duas (ou três) hienas malditas.
Já que esta passagem na dita vida é somente um passeio terrestre, que seja um passeio de domingo com direito a algodão doce, maçã caramelada e parque de diversões.
Vasculhem suas gavetas emocionais e vão perceber que aquela criança não foi embora, ainda mora dentro de vocês. É só procurar com carinho e cuidado.
Desejo de coração a todos, que me presenteiam com sua presença por aqui, que jamais esqueçam a criança que foram, pois ela atravessou o tempo, faz parte do que vocês são hoje e é dela que nascem os sonhos. Aquilo que nos faz seguir adiante. Que não deixa a nossa alma morrer de inanição.
Um dia da criança MUITO FELIZ para todos!

Aproveitando o gancho vou responder ao meme da phopha amiga Claudinha http://pelefelina.blogspot.com
Chega mais.
Hora do recreio: brincar de elástico com as meninas da minha turma, correr com os garotos e trocar papel de carta.
Brincando de cozinha: quando aprendi a fazer bolo de chocolate, todos os sábados “presenteava” a minha família bancando a quituteira da casa. Depois de alguns meses ninguém queria mais ouvir falar em bolo, pudera comê-los!
Repasso, recheado de chocolate e negrinho, para as meninas do:

Boa semana para todos!

sábado, 11 de outubro de 2008

Espelho, espelho meu... ?


De vez em quando faz um bem danado pra pele e pra alma fazermos esta perguntinha incômoda ao nosso espelho interno. O efeito é milagroso. Em alguns casos, é praticamente um ácido daqueles que o dermato nos recomenda após alguns anos de vida, sabe? Apesar da lei da gravidade, requer paciência e disciplina no uso constante do produto.

Somos aquilo que ninguém vê ou somos justamente aquilo que os outros enxergam e demoramos a perceber? É problema de auto estima em baixa ou em alta?

Muitas vezes quando queremos esconder alguns lados esquecemos que a essência grita mais alto e é humanamente impossível esconder ou enganar por muito tempo. As "rugas" vão aparecer!

Ao primeiro tropeção, a gente desce do salto e roda a baiana como qualquer mortal. E aí aquela pose toda cai por terra. O machucado pode ser roxo tamanho a queda!
Fugir de si mesmo é uma tarefa ingrata porque a cada quebrada da vida a tua essência está por ali, a espreita, muitas vezes com um sorriso sardônico ( ou irônico, como queira fazer a leitura) a te saudar.

Vou fazer um paralelo: meu lhasa apso , querido Rashi, quando ganha de presente um osso fica tão enlouquecido que esconde tão bem escondido que nem ele acha depois e aí a tarefa é minha e da Vic de procurar o tal osso e ele no nosso pé, chorando feito bebê, no auge do seus 11 anos.
Assim são as pessoas e as criaturas, muitas vezes escondem tão bem seus lados mais recônditos que nem elas se acham no meio do disfarce. Se perder também requer cuidados, podemos no meio do caminho, sofrer algusn tropeços. Bater a cabeça, machucar o joelho e etc....

Outro dia numa seleção de pessoas, na empresa, observei que todos os entrevistados , quando se apresentavam, diziam assim:
- Eu sou boa mãe
- Eu sou ótima esposa
- Sou uma pessoa muito boa
- Sou ótimo filho ...
e por aí foi a reza braba de auto elogios. Fiquei bege!
Cruzes, será que as pessoas são assim mesmo ou elas se enxergam desta forma?

Quem eu sou? Esta talvez seja a pergunta mais difícil de sua vida. Muitas vezes partimos do outro para achar a resposta, nos comparando, criticando, julgando e repelindo quando a (maldita?) resposta está ali bem ao alcance de você, basta mexer nas suas gavetinhas mentais e emocionais.
Tem gente que não quer mexer, pode feder. Neste caso optam por serem tábulas rasas.
Na procura de mim posso achar outros eus bem interessantes e descobrir , no meio da busca, lados fantásticos que me fizeram chegar até aqui e que antes nem de perto desconfiava ser parte do meu eu completo e complexo. O inesperado seduz e desdobra facetas que nos conduz muitas vezes a uma liberdade ainda não saboreada..
O caminho pode ser tortuoso, mas a chegada pode ser compensadora.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vida Tempo