quinta-feira, 1 de maio de 2008

Rádio Corredor

Como fazer confusão na indústria da vida alheia, que no final não temos nada a ver.

Bolo Fofoca

Ingredientes
2 pessoas chamadas X e Y saindo de uma rua onde tem um cinema. Amigos hoje, caso quente no passado. Bem casados com pessoas diferentes atualmente.
Encontro com uma terceira pessoa
Clima chato e constrangedor. Papo rápido, despedida apressada.
Terceira pessoa intrigada, no final do dia, comenta com quarta pessoa sobre este encontro misterioso. Começa a misturar os ingredentes, literalmente.
Quarta pessoa passa um MSN para quinta pessoa comentando que X e Y voltaram a ter um caso. Quinta pessoa não se agüentando repassa a sexta pessoa que X e Y estavam no cinema no maior rala e rola. Dá liga os produtos.
Uma sétima pessoa comenta, entre um drinque e outro, numa roda de amigos que X e Y não se agüentando mais de saudade e tesão andam se encontrando até no meio da tarde, arranjando uma brecha na agenda e nas suas vidas, nem tão particulares. Na ânsia de passar adiante a notícia que faz comichão na sua língua, unta a mesma de manteiga e não percebe que junto a roda de amigos encontra-se o irmão da mulher de Y.

Após mexer todos estes ingredientes coloca-se o bolo fofoca no forno a 200C. Ele vai esquentar.
Após crescer o bolo, aguarde o mesmo esfriar, senão ao cortar, ainda quente, pode desmoronar.
Rendimento: várias porções!

Percepção 1 : terceira pessoa comentou com quarta por estranhar a cara de choro de X e o pesar do Y.
Real história: a mãe de X mora em cima do dito cinema e Y é o médico que está tratando da transferência da senhora para um asilo devido a mesma estar com Alzheimer.
Resumo da ópera:
- Fofoca é uma droga
- Percepção nem sempre é realidade.
- a cabeça é um vale fértil, nem sempre produtivo.
Tudo nesta breve historinha fictícia é mera coincidência... com a vida real. Infelizmente!

2 comentários:

ale disse...

Uau, que confusão! Abatumou, no mínimo!
Fofoca é uma merda!

Carolina disse...

Pior é que inventei esta historinha como exemplo, mas vai dizer que não é assim na vida real?