domingo, 21 de março de 2010

Porque terminar não é o fim - da série Bons Finais

Cena do filme Histórias de amor duram apenas 90 minutos

Um homem jovem perdido.
Uma mulher que sabe o que quer.
Uma terceira pessoa, uma mulher, no meio desta relação antagônica que traduz a personalidade deste casal.
Este é o mote do filme Histórias de amor duram apenas 90 minutos. O tempo de um longa-metragem.
Ótimos diálogos, atualidade nos conflitos.

Eu poderia fazer um paralelo com uma partida de futebol. O tempo que dura um jogo entre, digamos, um clássico grenal. Com direito ao básico: falta, expulsão, pênalti, banco de reserva e é claro, muito gol. A diferença que são 11 de cada lado consolidados em somente duas pessoas nesta partida. Um jogo a dois. Uma delícia de jogo, aliás. Ou quem sabe entra e sai mais pessoas no meio desta “pelada”?  Isto dá outro post, vou deixar no forno esquentando.

Voltando a duração de um caso de amor.
Mas e a nossa, a sua ou a minha relação tem tempo pré-definido para durar?
O amor não tem contrato.
Não faz pacto com a matemática, mas adiciona, diminui, multiplica e divide com a facilidade de quem já nasceu Phd em raciocínio lógico e matemático.
Ninguém entra em uma relação, seja de que tipo for, em maio e acorda nos aditivos do contrato que em outubro é finito. Ou em maio do outro ano. Alguns até se iludem em achar que ditam as regras, mas neste grupo se encontram os que mais se estatelam no chão.
O amor é, antes de intenso, extenso até a hora que descobrimos que deu, acabou, não dá mais. E já está valendo. Se os dois saírem inteiros então foi um sucesso. Valeu, tivemos sorte de nos encontrar. Isto é somar!
Machucados sempre vão existir, o que importa é que certas lesões tem remédio. Aleijados de alma, aí complica...
Quando um relacionamento próximo termina, os curiosos camuflados de amigos querem saber os detalhes sórdidos. Quando você, num ato de generosidade a curiosidade mórbida alheia (ato sem parada obrigatória!) resolve esclarecer alguns pontos cegos e diz que apesar da dor, da adaptação e da falta do outro dentro do seu esquema de rotina, foi um consenso à separação, te olham incrédulos, de soslaio, céticos.
Porque?
Porque já é de hábito maus finais.
Toda relação tem que terminar com o varal estendido para fora da janela, com barraco, sangue, suor e lágrimas mais o kit completo de desavenças?
Podemos começar a escrever outras finais.
Bons finais.

13 comentários:

Anônimo disse...

Lembrei agora de uma vez que ouvi uma pessoa dizer que não acrescentou o sobrenome do mardio ao seu porque depois, quando se separasse, ia dar trabalho trocar todos os documentos novamente. Essa pessoa com certeza fez um contrato com o dia do fim marcado. Eu morro e não vejo tudo.

Beijos

Unknown disse...

Oi carol,

É, nem sempre os finais tem que ser uma guerra e um odiando o outro, mas normalmente é assim que acaba, um inferno e toca a gente ercolher os cacos pelo chão, mas tudo bem.. a gente consegue superar e segue em frente, sme nucna d esistir né. Eu tô buscando minah felicidade ainda e sei que vou encontrar. Bjs amiga!

Cris Medeiros disse...

Meu casamento teve um ponto final tranquilo, mas depois do ponto começou outra história, que foi ele sair do meu ap. aí a coisa não foi tão cor de rosa... rs

Beijocas

Babi Mello disse...

Carol, lendo o seu post lembrei um pouco da minha própria história, afinal acho pouco provável sairmos bem depois de um termino de relação, sempre um ou outro se machuca mais, é inevitável mesmo e nada tem duração, as coisas duram pelo momento que devem durar e mesmo assim queria que para mim, fossem eternos.
bjos!

Elaine Crespo disse...

OiCarol!

Adorei o post muito interesante!!
Aliais sempre muito bons!

Tem um selo para você no meu blog!!
Se gosta de selos vai lá e pega, seu blog merece!!

Bela semana!

Beijos
Elaine

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Carol,
Acho que existem relacionamentos que jea mostram, desde o início, que não vieram para durar.
Mas há outros que mereceriam uma abordagem diferente, e um cuidado maior, para que não acabem, mas que se transformem.
Beijo.

.ailton. disse...

gostei da referência ao Gre-Nal. Só faltou o sangue e o fogo. Ultimamente, o Gre-Nal tem sempre sangue e fogo.

Verei esse filme. Outro filme brasileiro que vi recentemente e que me surpreendeu, pois é muito, muito bom, foi Besouro. Indico.

Dalva Nascimento disse...

Ah... se fosse simples assim! Deveria ser, mas na verdade não é. Pelo lado racional é muito bom, mas o emocional domina. O poetinha Vinícius é que tinha a chave da sabedoria:

"...Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

Bjs.

Dany disse...

Sempre saímos feridos de uma relação, mas o mais importante é que essas feridas não sejam profundas ao ponto de não sararem nunca!
Outro dia tava conversando com meu namorado sobre isso... fui sincera ao dizer q nosso namoro ia acabar em algum momento (ja que temos opções diferentes de futuro profissional), mas que até lá fôssemos felizes enquanto desse... sinal de que bom entendimento e amizade não vão faltar! Assim espero!

Bill Falcão disse...

O que me lembra Vinícius: "Que seja infinito enquanto dure."
Bjoooo!!!

Fernanda Mottola disse...

Bem, concordo absolutamente em número, gênero e grau com suas sábias palavra amiguinha.As pessoas na maioria das vezes acham que para acabar um relacionamento amoroso, é preciso romper com todo o resto (carinho, respeito, amizade)quando isso não precisa ser verdade, basta percebermos o momento certo de parar com a história. beijoo

Depois dos 25, mas antes do 40! disse...

às vezes é o fim sim, fim do sofrimento, da auto enganação... A gente vê o fim só pelo lado negativo, mas às vezes é uma boa chance de reencontrar.

Beijos

Nine disse...

É complicado essa coisa de final, Carol... Não adianta não querer, sempre machuca um pouco. Não existem finais sem feridas, há os que cicatrizam logo, há os que levam uma vida para se recomporem, e ainda os que, aos trancos, nunca se solucionam, causando um desgaste maior ainda... quando por exemplo, além do casal, há os filhos para "dividir"! Ainda bem que não passei por isso, e nem pretendo! A não ser quando dos namorinhos de adolescencia, mas desses a gente se recupera muito mais rápido, né!

Sobre o "Momentos", pois é... ele é um blog super antigo meu, dos primeiros... era uma válvula de escape, mas acabei deixando ele um pouco de lado... e não atualizei mais!!! Tanto trabalho consumiu com minha inspiração!!! Mas é meu xodó, meu cantinho que deixo sempre lá, é pra onde posso voltar quando me canso do resto! Que bom que gostou, fico super feliz! B

Beijinhos
Uma ótima páscoa pra ti!