
domingo, 26 de abril de 2009
Divas no Divã

terça-feira, 21 de abril de 2009
Nós, enquanto refém, enquanto algoz, enquanto alívio, enquanto culpa...
Na reportagem vários depoimentos e a sequência das últimas horas desta família destroçada pela droga. Porque é fato, quando um filho é drogado ele leva pra lama não só ele, mas a família toda. Ele refém, família sequestrada ou vice versa.
A pergunta é: a que ponto chegamos para tirar a vida de alguém? Onde foi parar nosso coração, nossa cabeça, neste momento, para tomar esta decisão tão definitiva, sem volta, sem recuo? Seja ela no auge da insanidade ou desespero, da agonia ou do alívio. Instrumento de alívio imediato, de fim ao inferno vivido...
Veja bem não estou falando aqui sobre perversidade, crueldade ou psicopatia. Não estou justificando nem apoiando a decisão tomada de uma mãe no auge do desespero. Me parece.
Não acredito que a melhor saída seja a violência nem o assassinato. Não! Matar, pra mim é inconcebível, uma saída sem justificativa sempre.
Estou falando do que leva alguém a dar cabo do objeto de seu constante sofrimento, da sua humilhação diária. Do que alguém pode fazer para outro alguém que o faz alimentar dia a dia a sua sina , o seu pensamento, destruir sua alma e pensar na pior das saídas para sua vida seguir em frente ( por mais irônico que seja dizer isto). Anos de perversidade silenciosa nos causam humilhações muitas vezes camufladas do mundo, ódios disfarçados em camadas de aparências, raivas acumuladas injetadas nas nossas veias, tatuadas nas nossas almas que um dia irão inevitavelmente transbordar, seja com o abusador, com os outros ou com o abusado, no caso nós mesmos.
Meu olhar aqui é de mero espectador, somente isto, sem nenhuma tendência.
Me lembrei do meu amigo que há muito se perdeu no caminho e que há pouco mais de um ano, numa sinaleira esperando o sinal abrir, vi, na calada da noite sentado no chão sem sapato e sem rumo e com o olhar desconhecido. O mesmo amigo que em casa tem tudo e muito mais e não só grana ,mas amor dos pais cansados da sua melhora que jamais aparece, mas que permanecem lutando, cansados mas lutando. Amigo este que se perdeu num bad trip qualquer...
Fiquei pensando neste drama com uma ponta de tristeza e ao mesmo tempo questionando o quanto as pessoas que mais amamos e que nos amam são aquelas que mais nos fazem sofrer. O que leva uma mãe a tomar esta atitude tão radical? O que houve com este domingo que era pra ser de renascimento, alegria e confraternização? Aonde falhamos como pais, onde erramos com o desejo de acertar enquanto indivíduos na participação da construção ou interação de outros?
sábado, 18 de abril de 2009
Tudo gira, nada muda

sábado, 11 de abril de 2009
Doçuras na Páscoa

terça-feira, 7 de abril de 2009
Me dê o poder que te mostrarei quem sou

Você já levou fé em alguém, se abriu num momento de insegurança, pediu conselho e depois esta pessoa usou isto contra você? Já? Que bom! Bem vindo ao mundo... dos quem eu ainda não sei, mas vou descobrir!
Seqüestro... daquilo que você tratou como sagrado, a confiança depositada em alguém.
Assalto... daquilo que você mostrou para alguém e ela tomou para si, escarafunchou, julgou de forma torta, errada
Abuso... de poder que em algum momento você deixou alguém ter sobre você por pura ingenuidade.
Bala perdida solta no ar ... após o disparo do gatilho o estrago será fatal.
E pior, perversão.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
A encruzilhada

Tem momentos que pensamos, analisamos e tentamos uma saída para determinada ação que seja a menos dolorida para quaisquer das partes implicadas. Mas não tem jeito. Alguém vai se machucar ou já está se machucando. Não sou Deus, a minha mão não é divina, mas conheço as leis de boa convivência de trás pra frente e a minha paciência não é do Dalai Lama. Me perdoe, mas uma hora a fonte seca.
Toda ação tem uma reação e vivemos no mundo dos adultos onde devemos ser, antes da mais nada, coerente e cautelosos com os nossos atos e pensamentos para tomarmos a melhor atitude perante o que a vida nos apresenta.
Sendo assim reza aí uma das mais importantes cartilhas: a fala é sagrada e os ouvidos são depositórios de de lixo ou luxo. O filtro destas informações é nosso, depende exclusivamente de nós. Mesmo assim ainda levo fé que falar é um dos atos de maior responsabilidade e de efeito meteórico onde ao cair por terra pode ter efeito benéfico ou devastador. Ou pode ficar no ar, flanando, vadiando, fazendo pressão atmosférica. Sua fala reverberá. As falas dos outros também. É dado concreto. Ponto.
Hoje, após calcular todas as saídas de uma situação que vem acontecendo há um bom tempo, resolvi abandonar a tolerância e a empatia e tomar uma atitude. Esta ação pode ser de alívio no final ou um tiro no próprio pé, mas não estou mais com vontade de ficar sentada embaixo da árvore no meio da encruzilhada. A hora é de ação.
Quem sabe aí está a chance de determinada pessoa levar uma lição e aprender com erro. E veja bem, eu também levo na bagagem o episódio como aprendizado, mesmo sendo o algoz. O lado negro da força neste ato.
Apesar de que, cá entre nós, acreditar que este ser não tem um horizonte de compreensão vasto onde posso enxergar nisto uma chance de mudar.
Enfim, vamos tentar, ok?
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Tem uma base aí?

Maquiagem Borrada
Certos dias a gente usa o kit completo de maquiagem, se esmera toda pra fazer aquele efeito e enfrentar os "corpos ativos" no mundo corporativo.
Após o “ carnaval de máscaras” retorna ao lar, passa demaquilante, enche as mãos de água,
molha o rosto e chega a rir pro espelho, aquele riso debochado. Sarcasmo puro após convívio com a hipocrisia.
Passa um creminho anti rugas ali, um hidrante aqui e ... tá pronta!
Pronta pra descansar a pele e a alma das pequenas coisas que te fizeram passar todo aquele reboco pra disfarçar a cara de poucos amigos. Embaixo do verniz nem todo mundo tem base!