terça-feira, 13 de outubro de 2009

Garantia?


Já diz o dicionário que garantia é o compromisso que o vendedor assume de entregar ao comprador a coisa desejada, isenta de vícios ou defeitos.
Até aí tudo certo, ocorre que com o passar do tempo e da utilização o produto se altera, pra usar uma palavra suave.

Garantia de qualidade no rótulo não garante que o prazo do produto já não expirou!
Diz também o querido dicionário que é o meio pelo qual o credor se previne contra o devedor de quaisquer riscos que possa a transação possa acarretar.

Tudo são transações, sejamos sinceros. Acordos velados ou não. Em alguns casos o espaço em silêncio cala mais alto.

Sendo assim porque a teimosia disfarçada de fé, de persistência insistindo em continuar, em se agarrar, em permanecer com aquilo que já perdeu a validade?
Vejo casais dando barrigaço por comodismo, por falta de lucidez, por egoísmo, empurrando mais um pouquinho aquilo que já está na UTI em estado comatoso, sem previsão de retorno.
Conheço pessoas insistindo em empregos que já não agüentam mais por medo de se ver no mercado procurando emprego, com receio do risco que muitas vezes nos leva a surpresas e prazeres, ou pior não podendo sair daquilo que chamam de trabalho por medo da fila que está lá fora e que não anda.
Vejo familiares que nada tem em comum levando adiante relações mofadas por convenções estipuladas por não sei quem na dita sociedade.
Porque? Porque?
Será que somos náufragos a deriva de tudo?
O medo nos encarcera. Nos faz refém. E de refém viramos prisioneiros da inércia.

16 comentários:

Nine disse...

Carol querida, preciso voltar aqui amanhã e ler com mais empenho esse seu post... ando precisando refletir um pouco sobre "inércias da vida" hahahah!!!!

Beijinhos adocicados!!!

Dalva Nascimento disse...

Carolina,

uma grande verdade! Sabe, há alguns anos me vi presa nessa inércia, com medo de arriscar num emprego novo! Por sorte consegui vencer e a surpresa e o prazer do novo superaram o medo da mudança!

Bjs.

Dr.do absurdo disse...

Não acho que o medo nos torna refém, no meu caso sempre foi o contrário,mas se por acaso caio na porcaria da inércia, aí sim sinto medo.

Um beijão

Lili Tormin disse...

Carol,

Uma menso prazer ler-te e devo admitir que o comodisto não nos dá garantia alguma.

"E de refém viramos prisioneiros da inércia."

Achei essa frase fantástica... A rotina, falsas seguranças e o medo de inovar nos imobiliza frente a coisas que não nos satisfas.

Seu texto me faz reaviliar vários fatores de minha nobre vida.

Beijos, e obrigada pelo café!

Sonia disse...

Que texto!
Inércias da vida nos acompanha mesmo!Só mais tarde algumas pessoas,já mais amadurecidas,começamam a chutar o balde!
Parabéns pelo texto e indagações.
Bjsss...milll...

Cris Medeiros disse...

Muito bom seu texto!

Eu sou meio garantia, meio arriscar... rs... Deve ser porque sou geminiana... rsrs

Eu já arrisquei muito e alto, pra mudar minha vida, fiz coisas que todos me perguntam como tive coragem e olhando pra trás, nem sei como tive... Em compensação me acomodo quando a situação não me incomoda tanto... rs

Na minha vida vale assim: "Time que tá ganhando não se muda"... rs... E em algumas questões mesmo quando tá empatado eu deixo rolar um tempo... Mas se o time tiver perdendo, acho que meu movimento é sempre de mudar.

Beijocas

Carina disse...

são pouco blogs que valem a pena serem lidos, mas o teu sem dúvida é um deles....beijão

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Carol,
Inércia não é bom.
Mas também não é bom deixar de insistir, de tentar reverter algumas coisas, de tentar mudar aquilo que admite mudança, de procurar melhorar aquilo com que está envolvido.
Beijo.

Anônimo disse...

Às vezes o medo da mudança faz com que o apreço à uma garantia qualquer seja muito mais bem quista.

Mas o problema é que quando muitos fatores são influenciados, o melhor mesmo é pensar bem antes de tornar a inércia da estagnação em inércia de movimento.

Bjokas.

Nine disse...

Carol, voltei.... hehhehe

Pior que essas coisas são tão comuns, as pessoas não tem mais aquela gana por novidades, por desafios, elas se encostam no que conquistaram da primeira vez, e desistem de ir adiante, como se bastasse o pouco. Relacionamentos desgastados e sem chance de melhorias a gente vê por todo lado, agora o que me chateia de verdade é ver as pessoas estudando, se qualificando, e na hora de encarar as mudanças, dão pra trás, abdicam de todo o esforço feito até ali, largam tudo pra manter a estabilidade que já adquiriram. Isso eu vejo em colegas que levam as vezes 6 a 7 anos pra se formar, e quando se formam, já nem tem a vontade de ir atrás daquela profissão que tanto sonharam nesse tempo, e ficam ali... o que vai ser dessa gente daqui uns anos, arrependimento, vontade de voltar atrás tarde demais, tristeza sem fim por não ter dado um passo a frente na vida que levam???

E quantas vezes a gente mesmo não acaba se incluindo nessas situações, né? A todo instante somos expostos a novas oportunidades... e que escolha fazemos???

Ai, Carol... Eu disse que precisava voltar... acabei rezando um terço... hahaha;

Seus textos nos fazem refletir.. Isso que dá!

Mil beijos, flor!!!

Babi Mello disse...

Carol entendo perfeitamente o que vc diz e essa droga de medo que nos impede de darmos passos maiores e voos mais altos e é assim até decidirmos que somos capazes e fortes de fazer e superar obstáculos e coisas.
Hj vejo que posso muito mais do que eu imaginava e para isso foi preciso dar um único passo.
bj!

Denise Egito disse...

Carol, querida
Nem me fale que desse filme eu já estou cheia...=]
Às vezes, dá pra redirecionar a questão, noutras é cair fora mesmo, sem pensar duas vezes... O ideal é tentar reinventar a situação e ficar bem. Eu mesma já me precipitei em deixar um emprego e me arrependi.
Beijocas

Bill Falcão disse...

Exatamente, Carol!O medo faz as pessoas levarem uma "vida morna", e o mundo continua o mesmo.
Bjoooooo!!!!!!!

Paloma Flores disse...

E é bem por aí mesmo.
E tem gente que insiste em levar tudo isso em frente. Não consegue se desligar do que está dando errado. É mais fácil viver na zona de conforto do que já conhecemos e não dá certo do que arriscar o novo.
Boa semana!

Anônimo disse...

Carol, vamos tomar um café?
Ainn, sempre me identifico muito com as coisas que você escreve por aqui, e não to de melação e tal.

Odeio essa forçassão de barra. Essa invensão de coisas inexistentes por conta de uma cultura falha e um sentimento mentiroso. Grrr.

Sonia disse...

Amei também seu comentário em meu blog!
Uippp...!!!
Bjsss...milll...