domingo, 18 de dezembro de 2011

Do peso que realmente temos. O vale quanto pesa.

Após um telefonema e um rompante de comentário infeliz  por me sentir a vontade para tal, percebi que a amizade espontânea de apenas (?) uns 30 anos não era assim tão digamos frouxa a ponto de eu poder dizer algo e não se tornar tão indigesto para a outra pessoa. A via de mão dupla era na verdade única e sendo assim o risco de acontecer um acidente era grande e se deu a colisão.

Neste momento de rápida lucidez e percepção do que havia acontecido eu  entendi que o merengue tinha desandado.Eu sei exatamente o milésimo de segundo que tudo mudou. Impressionante isto, mesmo que só a voz fosse o fator de medição ali do outro lado da linha, na pausa, no suspiro e na modulação de voz eu percebi os atos que viriam em retaliação a infeliz colocação inocente da minha parte iludida na espontaneidade da iludida sólida amizade. Não deu outra, os 30 anos me deram a vantagem de perceber tudo aquilo que não seria imprevisível. Afinal ali encontrava-se alguém que, a priori, eu conhecia e muito bem.

Deste episódio vem o título desta postagem e principalmente o convite à reflexão do quanto aquilo que você acredita ser profundo,bem delineado e forte e constata que numa ranhura pode mostrar que não tem solidez.
Sustentar uma relação tem um alto custo de manutenção que nem todos conseguem arcar. A inadimplência é alta neste departamento.
Há de se ter constância, vontade e tolerância. E claro o nosso maior bem de todas as eras, o tão sonhado e bem quisto rei dos reis, o Sr. Amor

O quanto realmente pesamos na vida dos outros.
Somos fundamentais, importantes ou ocasionais?

4 comentários:

Pandora disse...

Eu me pergunto isso todos os dias: até que ponto sou importante para o outro, fundamental, importante ou ocasional o contrario também, pondero sobre a importancia do outro na minha vida... E tenho a impressão que só consigo saber a resposta dessa ponderação nos piores momentos possiveis... #Inferno

Espero que os cinco anos que estão entre mim e os 30 me ensinem alguma coisa!!!

Vaneza S. disse...

Se depois de trinta anos uma coisa dessas acontece... você fica se perguntando sobre a solidez e veracidade de todas as outras relações que você tenha.

A gente se ilude muito, mesmo. Fato!

BeijoZzz

Cris Medeiros disse...

Já aconteceu comigo numa relação de amizade que tinha desde a infância. Sempre acho que não foi só aquele momento que quebra tudo. É um acúmulo de momentos infelizes que se somam sem que a gente perceba...

Beijocas

Carolina disse...

Oi Pandora,eu tbém frequentemente tenho esta péssima sensação igual a ti.Complicado...
Seja bem vinda por estas bandas,viu?
Bjão

Oi Va
sabe o que me disseram umavez e eu internalizei? " as pessoas são uma coisa até virarem outra"
É triste,mas verdadeiro.
Bjão amiga.

Oi Dama
acho que sim,ingenuidade minha se achar que foi só isso,mas sei lá se a amizade é uma troca, uma via de mão dupla porque nunca falou o que incomodava? Que droga esperar o copo encher sem a chance do outro tentar consertar o que pode estar errando sem querer ou falhando. Acho uma puta sacanagem não ter direito ao repara,ao conserto, ao benefício da dúvida etc
bjão linda!