quinta-feira, 17 de julho de 2008

O bichinho do suspiro

Bom, queria dizer pra vocês aquilo que todos já sabemos. Saudade é uma droga!
Incomoda o dia todo. É igual a machucado no dedo. Sabe aquele corte pequeno que a gente faz e é pequenino mesmo, mas o bicho atucana o dia inteirinho? Pois é. Incomoda e desacomoda.
Saudades é isso: você ocupa o teu dia, tem mil tarefas, vive a sua vida porque ela é sua e de mais ninguém, dá gargalhadas com alguém e de repente vira o rosto e plac... estátua! O olhar se torna vago, a mente congela e vem a lembrança da pessoa faltante. Às vezes até um cheiro te faz emitir suspiros.Na real a pessoa está ali presente o t-e-m-p-o t-o-d-o, mas a tática de sobrevivência nestes momentos é ocupar-se muito .

Acho que por isto algumas mães têm mania de dizer quando o filho viaja: - Ai vou aproveitar pra fazer isto , aquilo e aquilo outro... laialaialaia.
Pura balela, posicionamento tático para resistir a falta que o filhote amado faz quando está ausente.

Claro que a saudade é mais forte para aqueles que ficam, no quesito viagem,estou falando.
Demais categorias de saudade falaremos adiante, ok?
A saudade do viajante é mais pro final da aventura. Quando ela surge, claro. Pode ser que a pessoa viajada nem tenha a tal saudade. Aí complica, viu!

A saudade dos que esperam é mais gritante, é mais ausente, é mais sentida. Ela nos visita todos os dias, vem tomar chá com a gente nas horas mais impróprias. De vez em quando, a danada da saudade, até conversa e ri da gente.

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